Olá pessoal!
Fui outro dia num shopping aqui perto da minha casa e como sempre não pude ficar a salvo da praça de alimentação, pois minha filha sempre quer saborear os quitutes (sanduiches) que adora. Normal, o momento pede mesmo.
Observava a população infantil saboreando todos aqueles cardápios kids que oferecem e notei que seus movimentos eram quase que automatizados dando a entender que seus sabores faziam parte de suas rotinas descaracterizando o ato prazeroso de saboreá-los. Pode parecer complicado, mas vou exemplificar.
Minha rotina quando criança era de alimentação normal e saudável que vez por outra entravam aqueles quitutes desejados, geralmente nas festinhas onde os salgadinhos e docinhos eram feitos em casa mesmo naturais e fresquinhos. Coca-Cola, pizza e hambúrguer (o que era hambúrguer?) eram muito raros e sua carne era moída, temperada e achatada com as mãos e fritas em casa mesmo totalmente simples e geralmente não entrava queijo. Bom minha gente, isso foi lá pelos meados dos anos 60 e 70, porque nos anos 80 eu já era mãe e o Bob’s já existia. Confesso que grávida desejei saborear um big bob e me deliciei ao prazer.
Não estou exemplificando para servir de referência, só para que possamos perceber a rotina diferente da de agora. Os tempos mudam, mas e a nossa experiência e aprendizagem? Foi tão ruim assim que as jogamos no lixo? Não as transferimos para nossa rotina, mesmo sabendo que precisamos adaptá-las às necessidades atuais? Não percebemos ao nos tornarmos adultos que esse tipo de alimento é melhor do que o que escolhemos hoje para nossos filhos? Não estou contando com as exceções é claro, pois elas existem.
Então vocês me perguntam: - Mas naquele tempo as mães não se dedicavam mais a esse exercício culinário, fazendo com que automaticamente o alimento fosse oferecido com mais qualidade? No que respondo: - Não necessariamente, pois minha mãe trabalhava fora e fazia questão que o alimento fosse o mais saudável possível e acrescentando também a questão financeira e a educação propriamente dita, pois eu comia o que tinha para comer, sem variações nem objeções. Na verdade era uma questão de costume, rotina, respeito às normas essas coisas. Tínhamos também menos mídia nos “tentando” é claro. De qualquer forma, pensar sobre isso é importante, pois cresci e posso afirmar que em minha adolescência e até mesmo após a primeira gravidez, não sabia o que era celulite, estria, obesidade e tudo que vem com tudo isso. Portanto a alimentação influencia no desenvolvimento sadio ou não dos nossos sereshumaninhos.
Precisamos tomar cuidado com isso. O café da manhã, o almoço, o lanche (principalmente na escola) e a janta. É importante serem os mais naturais possíveis ricos em frutas, legumes, hortaliças e sucos diversos. É difícil? Talvez, mas vai depender da rotina estabelecida pelos responsáveis. Precisamos saber que existe uma lei que estabelece que as escolas devem fornecer lanches mais naturais em suas cantinas e cardápios, mas nem sempre essa lei é respeitada e principalmente vigiada. Dar dinheiro para os pequenos lancharem na escola é mais prático, mas é preciso estar atentos para o que eles comem lá. Muitas cantinas visam só o lucro e oferecem lanches mais atrativos do que saudáveis. As crianças lancharem todos os dias salgadinhos gordurosos e ou sanduiches cheios de químicas não ajudarão em seus desempenhos escolar, pois esses alimentos incham seus estômagos provocando incomodos e deixando as crianças sonolentas e indispostas, dessa forma rendendo pouco na escola.
O índice de obesidade infantil que trás consequências terríveis para a vida futura dos sereshumaninhos são estatisticamente alarmantes. Portanto meus queridos pais, evitem refrigerantes durante a semana, pizzas, biscoitos gordurosos, pois nós somos responsáveis por isso, nossos sereshumaninhos não têm essa consciência, principalmente na adolescência onde o modismo traça as normas. Não vamos tortura-los negando o que os parecem “mais gostosos”, mas vamos equilibrar esse desejo ensinando, oferecendo, insistindo e até mesmo impondo com toda a autoridade que é lícita ao mais velho.
Devemos estabelecer regras usando a própria mídia e seus recursos tecnológicos para mostrar a verdadeira face dos alimentos oferecidos por ela aos nossos pequenos. Conscientizar inteligentemente e principalmente preocupar-se com isso. Nossos sereshumaninhos não estão livres da diabete, do colesterol, da pressão arterial descontrolada, do estresse e de tudo que tempos atrás era exceção e não regra na infância.
Podemos usar a criatividade dos japoneses quando montam as marmitinhas dos seus sereshumaninhos de maneira atrativa com tudo o que eles precisam para crescerem saudáveis, mas se é “mico” para a nossa cultura levar “marmitinha” para a escola, então pelo menos vamos tornar as refeições domésticas mais cobiçadas por eles. É difícil? É, mas não impossível. Paz e muito amor. Valéria Ribeiro.
Um comentário:
Ai que medo que dá diante de tanta preocupação!
Mas da alimentação saudável agente precisa praticar pra saber fazer com os pequetitos!
Somos exemplos né?!?!
bjs
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