quinta-feira, 3 de março de 2011

Qual a melhor idade para trazer um serhumaninho ao mundo?




Bons momentos para todos!
      Hoje eu estou trazendo esta questão porque por muito tempo me fiz essa pergunta e sei que muitos intimamente questionam também. Pensava nisso por ter sido mãe muito jovem.        
     Engravidei do meu primeiro namorado com dezessete anos tendo minha primeira filha aos dezoito. Pode até não parecer tão jovem assim, mas em termos de inexperiência a idade cronológica perdia eu era totalmente inexperiente. Filha única, minha mãe desencarnou quando minha filha tinha dois meses e ela muito doente esteve longe de nós por todo esse período. Não contei com a ajuda de minha mãe, nem do pai da criança, nem irmã, nem sogra...nem nada. Mas tinha onde morar e meu pai não me desamparou me dando abrigo e alimento, mas também não possuia experiência já que fui adotada com quatro anos de idade e meu pai nunca passou por esse processo de cuidar de bebês. Foi barra, mas consegui.
      Temos conhecimentos que em tempos pregressos casar e ter filho com quatorze, quinze anos era natural, pois as meninas eram preparadas para isso e já destinadas aos seus maridos por acordos e motivos que variavam desde interesses financeiros, até preservação familiar com uniões consanguíneas que muitas vezes finalizavam desastrosamente com nascimentos de filhos portadores de várias anomalias. Mas isso é outra coisa, vamos falar de tempos modernos onde “achamos” que isso não mais deveria acontecer.
     Na verdade, esse questionamento abre um leque rico de debates, pois temos a natureza genética que prepara naturalmente o corpo da mulher para esse processo e além da estrutura física normal, temos a psicológica que também prepara a mulher para esse processo. Isso no âmbito da normalidade é claro. Fora isso, os questionamentos enriquecem ainda mais se levarmos em conta a herança genética e psicológica, transformada em séculos de modificações, em estruturas físicas que vão desde processos limitados de alimentação, qualidade de vida, recursos e assistência médica, até as estruturas psicológicas cujas deficiências trouxeram desequilíbrios confundindo e transformando o raciocínio e fazendo com que os comportamentos físicos e mentais fossem atingidos desfavorecendo a “normalidade da gestação e pós-gestação”. Ou seja, o que poderia ser natural, se tornou preocupante pelas condutas muitas vezes degeneradas dos pais nos períodos gestacionais e pós-gestacionais e nos cuidados com as crias.
     Mesmo com a grande informação passada por meios de comunicação variados em que orientam para a prevenção de doenças e  também da gravidez através de vários métodos que previnem uma gravidez indesejada e temos também as orientações nas bases psicológicas onde mostram desde como amamentar até soluções simples de ninar, ainda assim vemos grande descontrole no fazer, ter e cuidar dos filhos, pois apesar da desestruturação geral, hoje os jovens têm meios de aprenderem e se prepararem para serem pais. Tudo é uma questão de querer essa orientação focando o interesse nela.
     Observando as pesquisas, podemos constatar que mesmo nos animais ditos irracionais está ocorrendo esse desvio na procriação e conservação das espécies. Vemos muitos seres abandonarem e até matarem seus filhotes não por natureza da espécie, mas por “preservação” equivocada da espécie diante de percepções anormais em que vivem pelas ações do homem contra a natureza.
     A mídia ultimamente têm nos mostrado coisas semelhantes com os ditos seres racionais onde mostram crianças que foram abandonadas em lixões, riachos e em outros lugares horríveis logo após os partos, que são feitos solitários, escondidos e de forma precária e quando encontram as mães não constatam um padrão de idade para esse acontecimento, são mães de todas as idades.
     Mas voltando ao assunto em questão, no meu caso, salvando algumas providências que tive que aceitar como: parar de estudar por um período, cuidar e educar sozinha a minha filha, pois o pai não arcou com suas responsabilidades e tentar fazer o melhor possível sem me desviar da normalidade, constato que consegui e concluo que minha inexperiência foi gentilmente sendo transformada e evoluindo por causa da minha boa vontade e amor por aquele ser que precisava vir ao mundo através de mim para continuar sua trajetória evolutiva. Salvando muitas exceções posso dizer que respeitando a natureza em si, não tem idade pré- determinada para sermos pais.
     Tanto o homem quanto a mulher precisam somente de bom senso, responsabilidade, amadurecimento espiritual e amor, muito amor pelo serhumaninho ou sereshumaninhos que chegam. Falo isso porque sei de pessoas de variadas idades ditas “adultas” completamente descontroladas e sem noção do que seja uma gestação, uma maternidade e uma responsabilidade com seus sereshumaninhos não tendo em mente que o elo possivelmente será para sempre guardando as afinidades que os trazem.
     Portanto, ser mãe e pai é uma consequência de um ato sexual que em raríssimas exceções são praticados por amor, pois “fazer amor” é uma definição irreal do ato material que pode ter como consequência o filho. “Fazer amor” pensando na continuidade da vida consciente de suas necessidades e obrigações requer evolução espiritual, pois de resto é procriação propriamente dita e cuidar e educar são compromissos Divinos com a preservação amorável da espécie e do Planeta.
     Concluindo, a idade material na verdade é irrelevante quando nossa idade espiritual nos aponta o amor. Mas vamos entender o que eu disse ter filho é responsabilidade e compromisso e isso também requer sustento, saúde e abrigo para os pequenos e o fato de eu observar que não existe idade pré-definida para se tornar pais, não quer dizer que não precisamos nos preparar para essas responsabilidades estudando e evoluindo também materialmente, pois comer e dormir, educação e saúde, lazer e bens, são próprios do mundo material que fazemos parte, mas com equilíbrio e amor tudo dá certo.
Paz e muito amor para todos. Valéria Ribeiro

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O que os nossos sereshumaninhos comem?




Olá pessoal!
     Fui outro dia num shopping aqui perto da minha casa e como sempre não pude ficar a salvo da praça de alimentação, pois minha filha sempre quer saborear os quitutes (sanduiches) que adora.  Normal, o momento pede mesmo.  
     Observava a população infantil saboreando todos aqueles cardápios kids que oferecem e notei que seus movimentos eram quase que automatizados dando a entender que seus sabores faziam parte de suas rotinas descaracterizando o ato prazeroso de saboreá-los. Pode parecer complicado, mas vou exemplificar.
     Minha rotina quando criança era de alimentação normal e saudável que vez por outra entravam aqueles quitutes desejados, geralmente nas festinhas onde os salgadinhos e docinhos eram feitos em casa mesmo naturais e fresquinhos. Coca-Cola, pizza e hambúrguer (o que era hambúrguer?) eram muito raros e sua carne era moída, temperada e achatada com as mãos e fritas em casa mesmo totalmente simples e geralmente não entrava queijo. Bom minha gente, isso foi lá pelos meados dos anos 60 e 70, porque nos anos 80 eu já era mãe e o Bob’s já existia. Confesso que grávida desejei saborear um big bob e me deliciei ao prazer.
     Não estou exemplificando para servir de referência, só para que possamos perceber a rotina diferente da de agora. Os tempos mudam, mas e a nossa experiência e aprendizagem? Foi tão ruim assim que as jogamos no lixo? Não as transferimos para nossa rotina, mesmo sabendo que precisamos adaptá-las às necessidades atuais? Não percebemos ao nos tornarmos adultos que esse tipo de alimento é melhor do que o que escolhemos hoje para nossos filhos?  Não estou contando com as exceções é claro, pois elas existem.
     Então vocês me perguntam: - Mas naquele tempo as mães não se dedicavam mais a esse exercício culinário, fazendo com que automaticamente o alimento fosse oferecido com mais qualidade? No que respondo: - Não necessariamente, pois minha mãe trabalhava fora e fazia questão que o alimento fosse o mais saudável possível e acrescentando também a questão financeira e a educação propriamente dita, pois eu comia o que tinha para comer, sem variações nem objeções. Na verdade era uma questão de costume, rotina, respeito às normas essas coisas. Tínhamos também menos mídia nos “tentando” é claro. De qualquer forma, pensar sobre isso é importante, pois cresci e posso afirmar que em minha adolescência e até mesmo após a primeira gravidez, não sabia o que era celulite, estria, obesidade e tudo que vem com tudo isso. Portanto a alimentação influencia no desenvolvimento sadio ou não dos nossos sereshumaninhos. 
     Precisamos tomar cuidado com isso. O café da manhã, o almoço, o lanche (principalmente na escola) e a janta. É importante serem os mais naturais possíveis ricos em frutas, legumes, hortaliças e sucos diversos. É difícil? Talvez, mas vai depender da rotina estabelecida pelos responsáveis.  Precisamos saber que existe uma lei que estabelece que as escolas devem fornecer lanches mais naturais em suas cantinas e cardápios, mas nem sempre essa lei é respeitada e principalmente vigiada.  Dar dinheiro para os pequenos lancharem na escola é mais prático, mas é preciso estar atentos para o que eles comem lá. Muitas cantinas visam só o lucro e oferecem lanches mais atrativos do que saudáveis. As crianças lancharem todos os dias salgadinhos gordurosos e ou sanduiches cheios de químicas não ajudarão em seus desempenhos escolar, pois esses alimentos incham seus estômagos provocando incomodos e deixando as crianças sonolentas e indispostas, dessa forma rendendo pouco na escola.
     O índice de obesidade infantil que trás consequências terríveis para a vida futura dos sereshumaninhos são estatisticamente alarmantes. Portanto meus queridos pais, evitem refrigerantes durante a semana, pizzas, biscoitos gordurosos, pois nós somos responsáveis por isso, nossos  sereshumaninhos não têm essa consciência, principalmente na adolescência onde o modismo traça as normas. Não vamos tortura-los negando o que os parecem “mais gostosos”, mas vamos equilibrar esse desejo ensinando, oferecendo, insistindo e até mesmo impondo com toda a autoridade que é lícita ao mais velho.
      Devemos estabelecer regras usando a própria mídia e seus recursos tecnológicos para mostrar a verdadeira face dos alimentos oferecidos por ela aos nossos pequenos. Conscientizar inteligentemente e principalmente preocupar-se com isso. Nossos sereshumaninhos não estão livres da diabete, do colesterol, da pressão arterial descontrolada, do estresse e de tudo que tempos atrás era exceção e não regra na infância.
     Podemos usar a criatividade dos japoneses quando montam as marmitinhas dos seus sereshumaninhos de maneira atrativa com tudo o que eles precisam para crescerem saudáveis, mas se é “mico” para a nossa cultura levar “marmitinha” para a escola, então pelo menos vamos tornar as refeições domésticas mais cobiçadas por eles.  É difícil?  É, mas não impossível. Paz e muito amor. Valéria Ribeiro.