sexta-feira, 27 de maio de 2011

Excepcionalmente...



Bons momentos para todos!

Queridos amigos gostaria de dissertar sobre um assunto um pouco delicado aos ouvidos de muitos. Gostaria de falar sobre as pessoas sejam crianças, jovens ou adultos ditos “especiais” “excepcionais” diferentes no traduzir da palavra. Mas que tradução é essa?
Vejamos:
Especial adj. 2g 1- Exclusivo de uma coisa ou pessoa; particular. 2- Excelente; distinto.
Excepcional adj. 2g 1- Em que há exceção; relativo a exceção. 2- Excêntrico;  extraordinário. 3- Diz-se da criança cujo coeficiente intelectual está abaixo ou acima do normal para a sua idade. S 2g 4- Criança excepcional.  Minidicionário Ruth Rocha – editora Scipione
Então vejamos, porque classificamos as pessoas que achamos diferentes dessa maneira? No que podemos constatar, a particularidade que nos demonstra a palavra especial,  estende-se na palavra excepcional em denominações positivas também.
 Então na classificação das palavras empregadas para denominar as pessoas “fora do padrão” estabelecido pela sociedade, com suas regras e exigências, se contradizem nas palavras, pois elas nos dizem coisas boas. O entendimento de raciocínio é que as colocam “ruins” e preconceituosas para classificar nossos irmãos que têm em suas particularidades suas necessidades e capacidades.
Todos nós camuflamos nossas “deficiências” e quando nos destacamos em algo adoramos ser classificados por “especiais” e “excepcionais”, mas equivocamos essas denominações ao direcioná-las aos nossos irmãozinhos que se destacam pelas suas particularidades próprias sem nos atentarmos por seus talentos individuais e maravilhosos.
Quem trabalha ou já trabalhou, lida ou já lidou com nossos irmãos ditos “excepcionais” na pobreza da interpretação da palavra, percebeu com certeza seus talentos sejam para a pintura, para a costura, para a interpretação teatral, para a música, para a afetividade, para a paciência. Claro que existem as exceções, como existem também nas pessoas ditas “normais”, pois cada um tem seu talento próprio.
Vejam bem, notem o preconceito colocado nas interpretações das palavras denominando-as ao sabor de quem as menciona. “Meu filho é excepcional! Toca um instrumento como ninguém!” podemos dizer, e, ao mesmo tempo; “Meu filho é excepcional, mas toca um instrumento como ninguém”. Os dois são excepcionais, mas o entusiasmo da primeira colocação é diferente, pois a segunda vem carregada de tristeza e preconceito por não aceitarmos as “diferenças” de ajuste nos padrões exigidos pela sociedade. O que é ser excepcional? Diferente? É percebermos que “talvez” aquele serhumaninho irá depender de nós a vida inteira? Ou não, caso  valorizarmos seu talento e dermos chance a ele de se destacar e calcar um degrau na sociedade em que vive. Então meus amigos? Onde nos encaixamos? No especial, no excepcional, ou no diferente? Não somos “desajustados” algumas vezes? Não cometemos atos insanos? Não machucamos as pessoas muitas vezes sem querer? Ou até querendo?  Somos todos especiais e excepcionais nesta vida onde buscamos o ajuste, o equilíbrio, o avanço intelectual, social e principalmente moral.
 Portanto  quando nos apresentarmos a uma pessoa e percebermos nela algo que nos chama a atenção lembremos de nós mesmos e dos nossos desajustes e tiremos de nossa cabeça as interpretações preconceituosas e maldosas ao ouvirmos que aquele ser é especial, excepcional ou diferente. Somos todos irmãos e precisamos das mesmas chances para crescermos em amor e evolução espiritual.
Paz e amor para todos. Valéria Ribeiro.

Agora vamos admirar um talento de uma pessoa dita "excepcional" no mal dizer da interpretação da palavra.

POEMA DE UM ALUNO DA APAE

ILUSÕES DO AMANHÃ
"Por que eu vivo procurando um motivo para viver, se a vida às vezes parece esquecer de mim?
Procuro em todas, mas todas não são você.
Eu quero apenas viver, se não for para mim, que seja para você...
Mas às vezes você parece me ignorar, sem nem ao menos me olhar, me machucando pra valer.
Atrás dos meus sonhos eu vou correr. Se a vida dá presente para cada um, o meu cadê?
Será que esse mundo tem jeito?
Esse mundo cheio de preconceito?
Quando estou só, preso em minha solidão, juntando pedaços de mim que caiam ao chão, juro que às vezes nem ao menos sei, quem sou.
Talvez eu seja um tolo, que acredita num sonho.
Na procura de te esquecer, eu fiz brotar uma flor para carregar junto ao peito e crer que esse mundo ainda tem jeito. E como príncipe sonhador...
Sou um tolo que acredita, ainda, no amor."

Príncipe Poeta - Alexandre Lemos - APAE
Esse poema foi feito por um aluno da APAE, chamado pela sociedade de excepcional...
Excepcional é a sua sensibilidade!
Ele tem 28 anos e idade mental de 15.