Hoje venho com um assunto bastante polêmico, mas muito importante.
A adoção dos sereshumaninhos. Adotar é uma palavra que devemos avaliar.
Então vamos consultar o dicionário:
Adotar (verbo) 1- Escolher voluntariamente. 2- Aceitar, seguir (ideia, costume, etc.). 3- Tomar, assumir. 4- Aceitar, receber como filho; perfilhar.
Bom, partindo desse princípio e para interesse do assunto, adotar significa comprometer-se voluntariamente escolhendo, aceitando e assumindo como filho (a). Mas, nem sempre isso acontece. Podemos citar as várias formas de definir-se adotar um serhumaninho na verdadeira realidade, respeitando as exceções existentes é claro.
· Impossibilidade de gerar uma criança;
· Salvar o casamento;
· Fazer companhia para a esposa que não tem filhos;
· Falsa caridade;
· Fazer companhia para o filho (a) único (a);
· Não querer engravidar mais, pois a experiência foi traumática;
· É uma celebridade e é “politicamente correto” adotar, etc,etc,etc.
Sei que parece cruel, mas é verdadeiramente real. É claro que as entidades sérias fazem todo um processo seletivo para escolherem as melhores famílias para assumirem aquele serhumaninho que aguarda um lar, mas na verdade não podem saber com precisão das intenções de quem se candidata a ser um “responsável adotivo” defino assim, pois nos padrões modernos casais homossexuais, mães solteiras e pais solteiros também estão nas filas de pretendentes da adoção. Não tenho preconceito algum, porque em minha opinião o que interessa é a real intenção dos que se dispõe a adotar um serhumaninho.
Tenho experiência nisso, pois sou um ser humano “adotado” por pais que estavam na categoria de alguns itens citados acima e só sou o que sou pela oportunidade que tive em estudar, me alimentar, me vestir e cuidados com a minha saúde física, mas que também me fez pagar o preço por isso com terapia, busca religiosa, problemas na adolescência e etc. Hoje, já superada a situação, posso dizer que se alguém pretende adotar um serhumaninho deve fazer somente por um motivo. AMOR.
Quando o motivo maior é o AMOR, as situações são superadas naturalmente. Aquele serhumaninho vai se adaptando à situação gradativamente, vai se livrando do medo espontaneamente, porque sempre vai haver medo seja em que idade for e mesmo bebezinho o serhumaninho já teve uma história pregressa; a uterina com seus instintos a lhe informar de toda a situação, pois o feto “ouve”, “sente”, “percebe” todas as informações transmitidas pela pessoa geradora que leva para o seu serhumaninho “rejeitado” seus sentimentos. Portanto, o serhumaninho que vai ser adotado tem uma bagagem de experiências e só irá superar se for envolvido em muito amor. No meu caso, fui adotada com 4 anos e já tinha uma bagagem imensa de lembranças, gostos, sentimentos...
O amor verdadeiro supera a consanguinidade e firma laços espirituais formando a grande família Universal. A família que Jesus exemplificou para nós no “amarmos uns aos outros como Eu vos amei”. Quando você ama verdadeiramente o serhumaninho que você adotou, ele para você será lindo, perfeito, ideal, o que você desejava o que você esperava. Todo o benefício material fica em segundo plano. Posso dizer isso para vocês, pois no meu caso o benefício foi só material, estou aqui, viva e formada, mas, por muito tempo incompleta e tendo que superar a falta de tudo que significava o amor de maneira dura e sofrida. Portanto meus amigos amem, não importa se não tens muito a oferecer em matéria de bens, conforto e oportunidades materiais, mas se tens amor no coração, tudo se ajeita e o seu serhumaninho será beneficiado e vocês também. Pensem bem antes de adotar seja um serhumaninho ou um servivinho de qualquer espécie, pois sem amor é preferível os orfanatos e até mesmo as ruas frias e solitárias.
Muito amor para todos. Valéria Ribeiro.
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