sábado, 19 de março de 2011

Os sereshumaninhos e seus desenhos.

Quando a criança já se sustenta na condição de poder sentar-se sozinha permanecendo equilibrada e percorrendo seus bracinhos em busca dos objetos que lhe interessa, ela já está apta a segurar um lápis de giz de cera grosso e traçar no papel sua arte.
As cores irão chamar a sua atenção e nesta fase apenas pontos onde são registrados pela batida do gizão no papel se farão percebidos. Parte daí o estímulo da criança em “desenhar.”
Daí para a canetinha hidrocor em contornos precisos vai uma longa caminhada de riscos, círculos, retas e formas desproporcionais e incríveis. Todo ser humano é artista, com sua arte própria. A criança começa a expressar seus sentimentos nos desenhos, pois expressar verbalmente é difícil ou porque ainda não domina a linguagem, ou porque é tímida ou mesmo tem medo por estar sofrendo algum tipo de coação.
Veja algumas fases e seus desenhos num pequeno exemplo.

·        Com 10 meses até uns dois anos a criança agarra o lápis em posição estaca e começa com batidas e vai evoluindo para riscos por isso é mais aconselhável o gizão de cera ou o pincel tipo estaca. Nesta fase ela não tem coordenação motora nem noção espacial;
·        Com dois anos até os três, muitos ainda pegam o lápis com a mão fechada, mas já têm um pouco de noção espacial não riscando fora do papel. Já querem escolher cores e outros tipos de lápis;
·        Com mais de três até os cinco anos, ainda não dominam o espaço, colorindo por fora da figura e desenhando figuras desproporcionais, mas já completas. A partir daí conforme a tendência da criança os desenhos já expressarão claramente seu humor, suas experiências e suas preferências.
           Arte feita na escola sobre a família idade da criança: 4 anos.
          É importante estar atentos aos desenhos delas, pois podemos identificar muitas coisas através deles. Ir as exposições da escola, observar atentamente os desenhos que a escola devolve semanalmente ou bimestralmente em suas cores, formas e traços. O desenho da criança é amplamente usado em técnicas terapêuticas para identificar e tratar traumas infantis. Através deles a criança se expressa, pede socorro, demonstra suas satisfações e temores.
Festa das mães. Observem a decoração. São desenhos e criações das crianças. Casa Escola Corujinha/Saquarema RJ.
          Além de ser uma ótima maneira de acompanhar o desenvolvimento motor e mental de nossas crianças. Guardem com carinho suas obras de artes, eles gostarão de apreciá-las no futuro e a escola que valoriza essa construção expondo em sala de aula, nos murais das escolas, nas festividades e até mesmo como decoração para as pastinhas e envelopes das crianças está didaticamente correta. Observem se os murais da escola de seu serhumaninho estão decorados, nas datas festivas, com a arte deles ou com figuras decorativas adquiridas por cartazes e outros recursos. Se ela usar esse último recurso, não está valorizando a construção de seus alunos, não é uma boa opção para eles. Muita paz e muito amor para vocês. Valéria Ribeiro.
Desenho feito no computador idade da criança: 5 anos.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Coração de vovó.

          Sim! Este é o meu super herói, meu salvador, minha alegria em saber de sua existência para me acudir em meus momentos de maior sensibilidade.
Fruto do fruto de minha alma.
Sou vovó em plenitude em amor incondicional. Aquele amor que começa no teste de gravidez dos nossos filhos e se completa no teste de gravidez dos nossos netos.
          Ser avós é tudo de bom! É beijar e não ter medo de passar sapinho, é abraçar e não ter medo se estar apertando, é pegar no colo e não ter medo se vai cair. É a agradável sensação da responsabilidade leve, da mansidão nas atitudes, da cumpricidade descomprometida, da alegria de viver.
Sim! Este é meu amigo, meu xodó, meu anjo.
Brincar na piscina, cantar besteiras, contar histórias. Rir, rir sem parar, pular na cama.
Montar joguinhos, brincar de carrinhos.
Frequentar as lojas a procura de algo para o dia das crianças, da páscoa, o dia da alegria, aniversário, papai noel...roupinha para São João, dia do folclore. Levar para a escola, buscar da escola. Apresentar as coisas da vida sem medo. Levar ao zoológico.
Ver filme no DVD e sentir medo dos fantasmas e dos lobos das histórias...
Tirar fotos e fotos... sentir saudade...dizer te amo!
Sim! sou vovó e sou feliz!
Te amo Edinho do meu coração!

terça-feira, 15 de março de 2011

Os animais e os Sereshumaninhos.




          Olá pessoal! Tenho pensado ultimamente neste assunto. Como temos visto uma maior movimentação mundial em defesa dos animais, coisa que já estava demorando em acontecer, veio em minha memória algumas fases de minha vida relacionadas à conscientização dos direitos dos animais e deveres dos seres humanos para com eles.
         Quando eu tinha mais ou menos oito anos, ganhei um pintinho da minha mãe. Naquela época era comum encontrar pessoas com caixas cheias de pintinhos que eram vendidos baratinho. Eu quis um e minha mãe comprou para mim. Eu não tinha nenhuma noção das responsabilidades que implicavam em criar um animal e continuei não tendo por um longo tempo, pois na verdade “comprar” aquele bichinho para o entendimento nosso (pelo menos o lá de casa) era uma coisa sem muito problema e que logo que o pintinho se tornasse galo ou galinha, iria para a panela. Na verdade os adultos presenteavam as crianças com esse bichinho como se estivessem dando um brinquedo qualquer e dessa forma, muitos eram mal tratados e até mortos antes de crescerem. No meu caso, não tinha muitas responsabilidades com ele que ficava solto na área e que eu ia lá brincava com ele e só. Não tive orientação para cuidar do pintinho em tudo que implica um ser vivo. Passou, o pintinho cresceu, um dia sumiu e até hoje não sei se comemos ele ou não. Mais tarde, com meus doze anos, ganhei um cachorrinho pequinês que pedi insistentemente por puro capricho. Também não fui orientada para cuidar dele amando e protegendo o animalzinho com suas necessidades naturais. Minha mãe assumiu tudo e ele viveu até os doze anos quando morreu de falência cardíaca. Bom, apesar de não ter tido essas orientações não cresci cruel e sem consciência com relação aos animais, mas essa consciência veio através do meu interesse e amor para com eles.
          Na verdade, o que eu quero dizer, é que “presentear” um animalzinho a uma criança é uma oportunidade para que formemos nela a responsabilidade que se deve ter para com os seres em geral e isso implica em educar a criança para as responsabilidades também com os cuidados básicos que o animalzinho precisa. Dar banho, comida, carinho, higiene com os lugares em que ele frequenta e faz as necessidades. As responsabilidades onde necessitam dinheiro é mais difícil para a criança, a não ser que ela tenha uma mesada onde possa disponibilizar uma quantia para comprar o que o animal precisa. Levar ao veterinário, comprar a ração, manter as vacinas em dia. Não vamos exagerar neste ponto. Mas o cuidado diário, esse é de extrema importância que a criança saiba que existe e aceite esse trabalho.
          Nós adultos não podemos poupar as crianças dessa responsabilidade, principalmente se foi um pedido dela ter o animalzinho. Às vezes temos bichinhos em casa não porque a criança pediu, mas porque queremos. Aí a opção de educar a criança sobre o assunto fica a critério do adulto, mas em todos os casos a criança conviverá com o animal e é uma ótima oportunidade de ensiná-la a cuidar e amar esse ser vivo.
          Muitas crianças agem e pensam que os animais são “brinquedos” onde estão à disposição de seus desejos nem sempre benéficos. Quando adquirimos um animalzinho devemos respeitar a sublimidade de sua criação e de seu papel dentro da natureza. Precisamos respeitar os animais que não são domésticos não os tirando de seus habitat. Devemos desprezar qualquer tipo de exploração com os animais e a criança deve aprender esse respeito.
          Hoje as escolas mantêm em seus projetos, quando ensinam sobre seres vivos, essa conscientização, mas o aprendizado começa em casa com nossos animais domésticos. Não devemos oferecer em aniversários “brindes” vivos como pintinhos e peixinhos, pois nem sempre eles serão protegidos. Os pais não devem assumir toda a responsabilidade em cuidar dos bichinhos dividindo com as crianças e os adolescentes esses cuidados. Muitas vezes a criança ganha um animalzinho, cresce e abandona o bichinho expulsando ele de perto e desprezando seus carinhos, ou acha lindo quando o animalzinho é pequeno e despreza quando o bichinho cresce mudando suas características. Os animais têm sentimentos, sofrem, se apegam, criam dependências e muitas vezes perdem suas identidades naturais e instintivas não conseguindo mais buscar suas sobrevivências sozinhos.
          Se nossos sereshumaninhos aprenderem a respeitar todos os seres vivos, desde o mais irracional até o mais capaz, com certeza irá respeitar o seu semelhante e se tornar um ser humano digno e bondoso.       E para vocês papais um conselho, nunca abandonem os seus bichinhos, pois isso é um péssimo exemplo para os seus sereshumaninhos.
Muita paz para todos. Valéria Ribeiro.